A história de Pato Rouco

Eu super pretendia escrever alguma coisa sobre o design de Pato Rouco, jogo que fiz com Cássio Oli para acompanhar o lançamento do single de mesmo nome. Ia falar das decisões que fizemos para chegar em um jogo que servisse ao mesmo tempo de videoclipe(jogo-clipe, pros chegados), como a escolha das mecânicas de infinite runner, o sistema de pontuação e o "Triscou!". PORÉM, o povo do podcast Gambiarra foi mais ágil e falou muito bem disso tudo e, como eu tenho pouquíssimo a acrescentar nesse sentido, resolvi escolher outro assunto: o que quisemos dizer com aquilo tudo.
Você pode ter jogado ou assistido e pensado "Gente, que aleatório", mas ai você estaria completamente errade. Nada no mundo é aleatório, NADA.(Menti) Cássio veio com a ideia de fazer um clipe com cara de joguinho, mas animou logo em fazer um jogo mesmo.Não iríamos criar mais uma geração de frustrados como a que teve que viver com a não-existência do jogo de Californication O conceito central é bem simples: usar a estética do videogame pra reforçar a energia empolgada da música pra apresentar uma narrativa paralela a da letra. Pra quem tava muito ocupade tentando desviar dos patos, Pato Rouco, a música, fala sobre se libertar de um ambiente opressivo (representado pelo pato mecânico gigante), sobre Cássio saindo do exército para virar músico. No final do jogo o pato gigante explode e transforma o personagem em Cássio Oli, alguém que usa as ferramentas que desenvolveu em seu tempo de banda marcial para falar de liberdade.
